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Nos dias que correm, o setor empresarial é incomparavelmente exigente e competitivo. Para se manterem no topo, todos os dias as empresas são obrigadas a dar o melhor de si, aperfeiçoando os mais sublimes detalhes que podem marcar a diferença. Aperfeiçoar estes detalhes nem sempre se revela fácil sendo frequentemente necessário recorrer a técnicas ou métodos que se tenham revelado eficazes no passado ou a novas ideias. Diferentes empresas competem em diferentes aspectos nos seus produtos ou serviços. Quer compitam em flexibilidade, custo, tempo ou qualidade, há um imperativo que é comum, a optimização dos processos de criação de valor. Só assim é possível alcançar os objetivos traçados e fazer face à exigência do mercado. 

 

 

É sempre possível melhorar. Este tem sido, nos últimos anos, o pensamento que tem feito evoluir a indústria nos seus processos. Uma parte desta evolução teve como base a introdução da filosofia de produção Lean, derivada do sistema de produção da Toyota (TPS). Esta filosofia, apoiada por várias ferramentas, assenta no ideal de eliminar aquilo que não acrescentar valor ao produto final, frequentemente conhecido por "Muda" (desperdício) em Japonês. A filosofia Lean apresenta-nos sete tipos diferentes de desperdícios:
 

  • Produção excessiva

  • Tempo de espera

  • Transporte

  • Processamento

  • Inventário 

  • Movimentação

  • Produtos defeituosos

 

Todos estes desperdícios acrescentam custos ao produto final. Reduzi-los ou eliminá-los totalmente é o objetivo das várias ferramentas de Lean como o 5s, o SMED ou o sistema de Kanban, entre outras.

 

 

 

 

 

 

 

O objetivo deste projecto é implementar práticas Lean no setor de injeção de plástico e zamak da empresa Huf Portuguesa, com foco no melhoramento dos índices de OEE e no SMED.

A sigla OEE significa Overall Equipment Effectiveness (Eficiência Global de Equipamento) e é uma medida em percentagem para a eficiência de um processo de produção. É uma medida usada habitualmente em ambientes Lean devido à sua utilidade na avaliação de desempenhos e eficiência. OEE é o produto de três componentes:

 

  • Disponibilidade- Medida de quanto do tempo disponível para produção é de facto usado para produzir;

  • Produtividade- Comparação entre o tempo de produção nominal do equipamento e o tempo de produção real;

  • Qualidade- Quociente entre o nº de peças sucata+ nº peças rebarbadas e nº total de peças produzidas.



Estes índices são habitualmente usados para avaliar o desempenho de uma empresa, sendo um índice de 85% ou mais, habitualmente, considerado como "World Class OEE".
 

SMED (Single- Minute Exchange of Die) é uma ferramenta de Lean que actua nos processos de troca de ferramentas de um equipamento. O objetivo do SMED é reduzir esses tempos nos quais o equipamento não está a produzir. Introduzido em parte por Shigeo Shingo, a aplicação do SMED pode, teoricamente, reduzir os tempos de troca de ferramenta para menos de 10 minutos. 
Anteriormente à introdução do SMED, a estratégia habitualmente usada era a produção em lotes de grande dimensão. Devido aos tempos longos que uma troca de ferramentas exigia, o mais viável era produzir em largos lotes diminuindo o tempo de produção unitário. 


 

 

 

 

 

 

 

 

No entanto, a evolução da indústria obrigou as empresas a serem mais flexíveis de maneira a poderem atender aos pedidos dos clientes que passaram a ser cada vez menos constantes e regulares. A produção em grande lotes deixou de ser uma estratégia eficaz e obrigou a uma reinvenção dos processos de produção. A redução do tempo de setup foi uma das estratégias que começou eficazmente a fazer face a esta exigência. Uma troca rápida de ferramentas possibilita uma maior flexibilidade e maior disponibilidade para produzir. Com um setup curto, a diferença no tempo unitário de produção não é significativa, aumentando a flexibilidade para produzir em lotes de menor dimensão e mais variedade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Shigeo Shingo separou a aplicação do SMED em 4 etapas:
 

  • Numa fase inicial as tarefas internas e externas não estão distinguidas. O processo global de troca de ferramenta é observado para recolha de dados.

  • Nesta etapa as tarefas internas e externas são identificadas. Um tarefa interna é uma tarefa que só pode ser feita quando a máquina está parada, por outro lado uma tarefa externa pode ser realizada quando a máquina está em funcionamento.

  • Converter o máximo de tarefas internas em externas, isto é, tentar realizar o número máximo de tarefas enquanto a máquina ainda está em funcionamento.

  • Simplificar todos os aspectos do setup, incluindo tarefas internas e externas.

 

 

Neste projecto, a estratégia passará por analisar o estado atual do setor de injeção da empresa e identificar alguns pontos críticos que possam ser melhorados, com o objetivo de preparar a implementação da ferramenta SMED. Serão feitas observações do processo de troca de ferramentas atual, sendo os dados registados para posterior análise. Depois dessa análise, será feita a aplicação do SMED de acordo com as 4 etapas referidas anteriormente. Um melhoramento dos tempos de troca de ferramentas afetaria positivamente o OEE, em particular os índices de disponibilidade. Para além disso, o melhoramento de alguns pontos críticos que possam ser encontrados no setor de injeção será feito com o objetivo de influenciar positivamente o OEE.

Apresentação

Objetivo e Estratégia

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